quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Jantar rustico regado a Papo de Anjo



Quase toque criança gaúcha lembra dessa sobremesa, o papo de anjo. Ela povoo minha infância, eu nunca fui muito fã, por que nunca gostei de nada que tivesse gosto de ovo, era a sobremesa chique da semana, minha mãe e a tia Nena do tio Pedrinho eram grandes admiradoras desse doce. 
Esse é um doce típico português, assim como a maioria dos doces a base de ovos, especificamente da gema. Entre os séculos 18 e 19, Portugal era o principal produtor de ovos da Europa (possivelmente do mundo). A maior parte de sua produção tinha destino certo, fornecer clara para utilização na atividade manufatureira. A clara era usada como purificador na fabricação de vinho branco e, principalmente, para engomar os ternos dos chiques e elegantes do mundo ocidental.
E com tanta clara sendo exportada, o que Portugal fazia com a gema, que excedia todos os anos, às toneladas? Inicialmente, jogava fora ou dava aos porcos. Nas fazendas e criações mantidas pela Igreja, nos mosteiros e, principalmente, nos conventos que se espalhavam às centenas no interior do país, a gema era a principal fonte de alimentação para as criações de porcos e outros animais, que por sua vez eram a principal fonte de alimentação de monges, freiras e aldeões das redondezas. Mas a gema disponível era tanta que ainda assim sobrava.
A quantidade de matéria prima – aliado à fartura do açúcar que vinha das colônias portuguesas – foi a inspiração inicial para o surgimento de experimentos doceiros à base da gema de ovos, realizados pelas cozinheiras dos conventos. Não por acaso, muitos nomes de doces portugueses são inspirados na fé católica, como a barriga de freira, o toucinho do céu, o papo-de-anjo, a fatia-de-bispo e o pão-de-ló, que homenageia Ló, sobrinho de Abraão, salvo por anjos de Gomorra, às vésperas da destruição da cidade pela ira de Deus.
O destino dos doces, mais do que a alimentação dos religiosos, era a venda nos vilarejos das redondezas. A renda de sua comercialização servia para fortalecer o orçamento dos conventos. Aos poucos, o ofício da confecção dos doces passou das freiras para as mulheres que, por diversas razões, eram criadas dentro dos conventos. Rapidamente, os doces de ovos passaram a ser fonte importante de renda em muitas vilas do interior de Portugal. E começaram a chamar atenção nas cidades maiores. Foram parar nos restaurantes de Lisboa, do Porto, de Setúbal, de Guimarães. E daí para o mundo.
Que tal uma sobremesa dos deuses, para abrilhantar nossa refeição.

Receita de Papo-de-Anjo

  Papo-de-Anjo

Ingredientes da Receita de Papo-de-Anjo

6 xícaras de açúcar
4 xícaras de água
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 colher (chá) de fermento em pó
24 gemas
40 forminhas de (empada) de 5 cm de diâmetro e 2 cm de altura

Como Fazer Papo-de-Anjo

Modo de Preparo:
Unte as forminhas com manteiga e reserve.
Numa panela, coloque o açúcar, a água e a baunilha, leve ao fogo alto e cozinhe, mexendo, até dissolver o açúcar.
Pare de mexer, abaixe o fogo e deixe ferver até formar uma calda rala (cerca de 20 minutos). Reserve.
Na batedeira, bata as gemas com o fermento até obter uma mistura cremosa e leve (cerca de 30 minutos).
Aqueça o forno em temperatura média.
Distribua a mistura de gemas entre as forminhas enchendo até a borda. Asse até dobrarem de volume (não deixe dourar demais). Retire do forno.
Desenforme os papos-de-anjo e fure com um palito.
Coloque a calda numa compoteira. Mergulhe os papos-de-anjo na calda.
Deixe na geladeira até o momento de servir.










                                               Fonte de pesquisa:http://www.myhappyday.com.br/home/tag/casamentohttp://www.receitastipicas.com/receitas/papo-de-anjo.htmlhttp://artesanatododoce.wordpress.com/2008/06/11/a-origem-historica-do-papo-de-anjo/                                                 Até a próxima...

Um comentário:

  1. Adoro papo de anjo e omo é lindo numa compoteira.... Coisa bem das vovós... Lindo!! beijos,chica

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