quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Volver a Soledad ...



Olá!! finalmente chegou o esperado feriado da Independência. Que maravilha. Estou indo para nosso lindo refúgio na Solidão. Pela denominação imaginem como é. O melhor lugar do mundo. Deserto total. Lá nunca estamos sozinhos, tem muitos amigos queridos, que compartilham do  mesmo desejo. Fugir das cidades para um local primitivo, onde a natureza reina em sua plenitude.
Nos encontraremos na segunda-feira. Voltarei cheia de novidades e com as energias renovadas.



            


                                                   http://www.houseofturquoise.com/


Até a próxima...

O TRONCO DO AMOR


          Havia um chão
          cuidá-lo dele cuidar
          alicerçado de todos os lados
          possam dar flor em casa de poesia

          Planície branquinha
          Marfim do Marfim
          e ao Sol Céu Azul
          do Amor Sem Fim se colocando

          Abrindo as várias paredes
          como uma arte do espaço
          limitamento abolido
          uma essência face de
          onisciência!...

          como o ar se equilibra no ar
          e o céu voa
          como a flauta encanta todas as notas
          quando boa
          uma nota singular
          entoa

          O Oceano da poesia veio cons-
         /  truir e construiu
          esse toco de árvore

          toda ramos
          enraizada no canto das aves
          que todas as asas abrem
          tudo são asas numa visão
          tão "únicas" e clara
          e só... o vento... passa

          Fazer uma canção abstrata
          toda concreta
          as letras são arame
          tocando celofane com leite
          condensado
          posso partir contente
          a casa tá construída
          tudo é... Vida !
          O campo está ...arado !

          Tronco de Árvore-Flor
          e ficou uma quina esquina
          da mesma meninice
          rumando ao olhar
          não deixando o sol se pôr

          e tudo é uma festa ___Vida
                              /  não Deserta
          que não se fecha
         ___ fresta solidária!
          com toda a __floresta!__...___        

http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3519270


tree-stump-seats                                                                                                       
Side table


pedestal-sink-on-tree-trunk
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Trunk tree display
2011-10-11_100303
Lamp
Foto 263
Wall covered with tree trunk slices
Foto 303
Foto 570 (www.manoloyllera.com)
2011-10-11_130556


Hollowed out antique tree trunk
  Até a próxima...

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Galpão Nativo


Meu velho galpão de estância
Da pampa verde-amarela
Que ficou de sentinela
Da história de nossa infância
És um marco na distância
Da velha capitania
Porque foste a sacristia
Do batismo do gaúcho
Quando moldou-se o debucho
Da pátria que amanhecia
Quinchado de santa fé
Oito esteios, pau a pique
Até parece um cacique
Todo emprumado de pé
O legendário sepé
Legítimo rei no trono
Que desde o primeiro entono
Trazia a pátria nos tentos
Anunciando aos quatro ventos
Que esta pátria tinha dono
Velho bivaque nativo
Encravado na cochilha
Palanque de curunilha
Do rio grande primitivo
Altar do fogo votivo
Que um dia o guasca acendeu
E aceso permaneceu
Bordado de picumãs
Anunciando aos amanhãs
Que o gaúcho não morreu
Não existe nada igual
Em qualquer parte do mundo
Como o vínculo profundo
Do galpão tradicional
Que esse fogão ancestral
Que acalenta e arrebata
Nesta velha casamata
Onde o guasca viu a luz
Galpão que a história traduz
Como oficina de pátria
Foi aqui que se fundiu
Aqueles velhos modelos
Que serviram de sinuelos
Da pátria que constituíram
Da pátria que construíram
Que a isso se propuseram
E nunca se detiveram
Porque nunca se detinham
Pra perguntar de onde vinham
Nem tampouco quantos eram
Foi aqui que descansaram
Depois das lides guerreiras
Os centauros das fronteiras
Que irmanados chimarrearam
E foi daqui que marcharam
Os andejos e os gaudérios
Negros e mulatos sérios
E tapejaras errantes
Gaúchos e bandeirantes
Rasgadores de hemisfério
O grande poeta balbino
Marque da rocha escreveu
Que o riograndense cresceu
Dono do próprio destino
Peleando desde menino
Criado longe do pai
E é ele que um dia vai
De boleadeira e de vincha
E trás o brasil na cincha
Pras barrancas do uruguai
Esse é o galpão que cultuamos
Esse é o galpão que queremos
Esse é o galpão que erguemos
E o galpão que conservamos
Como dizia rui ramos
Velho tribuno imponente
Um pedaço de presente
E um pedaço de passado
E futuro enraizado
No subsolo da gente
Essa legenda, essa história
Essa história, essa legenda
Desta rústica vivenda
Da luta demarcatória
Da luta emancipatória
Da velha pátria comum
Não há preconceito algum
No velho galpão campeiro
Ao pé de cujo braseiro
Sempre há lugar pra mais um
Tribunal e refeitório
De maulas e milicianos
De charruas e milicianos
Sem pátria nem território
Hoje és, galpão, repertório
Daquelas charlas fraternas
E das lembranças eternas
Das saudades que ficaram
Dos centauros que matearam
Nos teus cepos de três pernas
Porém te resta o encargo
Velho galpão ancestral
Legendária catedral
De pátria e de pampa largo
No ritual de mate amargo
Ainda existe cevadura
És um templo na planura
De paz, amor e carinho
Pra iluminar o caminho
Da grande pátria futura
Mas se não houver campo aberto
Lá em cima quando eu me for
Um galpão acolhedor
De santa fé bem coberto
Um pingo pastando perto
Só de pensar me comovo
Eu juro pelo meu povo
Nem todo o céu me segura
Retorno a velha planura
Pra ser gaúcho de novo


terça-feira, 4 de setembro de 2012

BALANÇO


Balanço que vem e vai
Parece com o curso da vida
Balança mas não cai
E segue curando ferida

Na infância o balanço é puro
Na adolescência colorido
Não deixe que fique escuro
Na maturidade deixe florido

São tantos os balanços da vida
Sempre indo e vindo
São desafios na lida
O segredo é seguir sorrindo

Balanços são tantos
Aqui, ali e acolá
Se cair, não vale o pranto
Volte a balançar e sonhar

http://janelasdemim.blogspot.com.br/2008/04/balano-da-poesia.html





                       Até a próxima...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bem vindo Setembro



Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....
                                                      Florbela Espanca


                                       

                                      




                        




                                     


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Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
                                                    Pablo Neruda


                     Até a próxima...

domingo, 2 de setembro de 2012

Poesia gaucha


Pilchas
Autoria: Luiz Coronel

Não pensem que são pirilampos
essas estrelas lá fora.
É a lua clara dos campos
refletida nas esporas.

Se uso vincha na testa
é pra ver o mundo mais claro.
Não vendo o mundo por frestas
lhe posso fazer reparos.

Sem cinturão nem guaiaca
me sinto quase em pêlo.
Quando meu laço desata
sou carretel de novelo.

Da bodega levo um trago
para matar aminha sede.
Meu chapéu de aba quebrada
beija-santo-de-parede.

Atirei as boleadeiras
contra a noite que surgia.
Noite a dentro entre as estrelas
se tornaram três-marias. 

Wood-Estate-Tables-Milk-Glass-Pitchers

Tabela quinta-casamento-Recepção-Centerpiece-de Idéias
http://www.elizabethannedesigns.com/blog/2011/03/11/farmhouse-estate-tables/
                   Até a próxima...