No mundo do gaúcho o pelego é um pano grosso e dobrado, ou uma pele de
carneiro curtida, mas ainda com a lã, que se coloca em cima do arreio. O
cavaleiro monta sobre o pelego antes de montar sobre o cavalo. Conforme o
mestre Aurélio, pelego é a pele do carneiro com a lã; pele usada nos arreios à
maneira de xairel, indivíduo subserviente, capacho.
O termo pelego foi
popularizado durante o governo de Getúlio Vargas, nos anos 1930. Imitando a
Carta Del Lavoro, do fascista italiano Benito Mussolini, Vargas decretou a Lei
de Sindicalização em 1931, submetendo os estatutos dos sindicatos ao Ministério
do Trabalho. Pelego era então o líder sindical de confiança do governo que
garantia o atrelamento da entidade ao Estado. Décadas depois, o termo voltou à
tona com a ditadura militar. Pelego passou a ser o dirigente sindical apoiado
pelos militares, sendo o representante máximo do chamado sindicalismo marrom. A
palavra, que antigamente designava a pele ou o pano que amaciava o contato
entre o cavaleiro e a sela, virou sinônimo de traidor dos trabalhadores e
aliado do governo e dos patrões. Logo, quando se chamado de pelego, significava
que a pessoa era subserviente, servil, dominada por outra, ou seja, capacho,
puxa-saco, bajulador.
http://www.socialismo.org.br/portal/sindicalismo-e-movimentos-sociais/137-artigo/1012-o-neo-pelego
http://casadecorada45.blogspot.com.br/2012/05/post-0293.html
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