Amargo doce que sorvo num beijo em lábios de prata!Tens o perfume da
mata molhada pelo sereno.E a cuia,seio moreno que passa de mão em mão,traduz no
meu chimarrão,em sua simplicidade a velha hospitalidade da gente do meu
rincão.Trazes à minha lembrança,neste teu sabor selvagem,a mística beberagem do
feiticeiro charrua;o perfil da lança nua encravada na coxilha,apontando,
firme,a trilha por onde rolou a história empoeirada de glória da Tradição
Farroupilha!
Em teus últimos arrancos, no ronco do teu findar,ouço um potro corcovear na
imensidão deste pampa!
E em minha mente se estampa, reboando dos confins,a voz febril de clarins repinicando:Avançar!....
Então me fico a pensar, apertando os lábios assim, que o amargo está no fim,que a seiva forte que eu sinto é o sangue de "35"que volta verde em mim!!!!!
E em minha mente se estampa, reboando dos confins,a voz febril de clarins repinicando:Avançar!....
Então me fico a pensar, apertando os lábios assim, que o amargo está no fim,que a seiva forte que eu sinto é o sangue de "35"que volta verde em mim!!!!!
Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.
Poema de Glaucus Saraiva
que terra maravilhosa, tudo muito lindo! beijos
ResponderExcluirCaramba! Chorei lendo esse texto...saudade do RS! Faz 14 anos que estou longe do meu pago!
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